quinta-feira, 29 de setembro de 2011

      
                                             Fotos jantar 2009/2010
                                   Turma de Contabilidade    
                       


sexta-feira, 3 de junho de 2011


Reflexão


 CP2

Na disciplina de Cidadania e Profissionalidade, foram vários os temas que estudamos integrados no módulo “Liberdade e Responsabilidade Democráticas” e no DR3 “Democracia representativa e participada”. Estudamos a repartição do poder político em Portugal, analisamos como está organizado o nosso sistema político, as competências do Governo, as funções da Assembleia da República, os poderes e as competências da Presidência da República.

Aprendemos ainda como nascem as Leis e o caminho que percorrem até serem publicadas, a administração da justiça e a forma como esta é constituída por várias categorias de tribunais, cada um com a sua estrutura e regime próprios. Vimos também quem defende a legalidade democrática, os órgãos de poder central e poder local, entre outros assuntos de bastante interesse.

Para além da organização do poder central e local em Portugal Continental, pesquisamos ainda sobre os Governos Regionais. Em todos estes trabalhos consultamos a Constituição da República Portuguesa, que é um tratado fundamental para a regulamentação das Leis portuguesas.

Os assuntos tratados levaram-me a reflectir sobre a importância de todos exercermos o nosso direito e dever de votar, seja nas eleições para os órgãos de poder do território português, seja nas eleições para o Parlamento Europeu.

Todos os assuntos abordados foram e são de bastante interesse e foram uma mais-valia para aprofundar os meus conhecimentos.
CP1



Reflexão
 



Na disciplina de Cidadania e Profissionalidade 1, foram vários os temas que estudamos integrados no módulo “Liberdade e Responsabilidade Democráticas”.

Estudamos o conceito e o exercício da liberdade pessoal em democracia, os direitos e deveres de cada cidadão na sociedade. Neste sentido realizamos uma ficha de trabalho sobre o filme “John Q”. Retrata a vida de um pai desesperado que, para salvar o seu filho, age contra o sistema democrático e a liberdade dos outros.

         Realizamos um estudo e trabalho sobre o 25 de Abril onde fiquei a saber quem foram os protagonistas da historia, o antes e o depois da revolução e como tudo aconteceu naquele grande dia para Portugal e para todos nós.

A propósito ainda do conceito de liberdade, recuamos à Idade Média e estudamos os métodos de tortura usados pela inquisição. O que era, o que fazia, as praticas cruéis que usava contra quem não aceitava ou pensava de maneira diferente. Foi um estudo que me despertou bastante interesse pois tinha pouco conhecimento sobre o assunto e gostei de o realizar.

Estudamos ainda o código do trabalho de 2009, onde estão todos os direitos e deveres do trabalhador. Aprendemos a consultar e a procurar os artigos relativos a vários temas e foi um tema bastante interessante e útil para todos nós.

Todos os assuntos abordados foram interessantes e foram uma mais-valia para aprofundar os meus conhecimentos e cultura geral.
Reflexão
 

“Mostra2011”




No dia 28 e 29 de Abril de 2011 realizou-se nas novas instalações da Escola Secundaria Tomaz  Pelayo, a “Mostra2011”  onde foram exibidas várias actividades e trabalhos realizados por todas as turmas da escola.

A nossa turma de Contabilidade, através de uma ideia do professor, resolveu criar uma empresa de fazer cerveja.

Em todas as disciplinas realizamos trabalhos referentes à cerveja, a sua história, as consequências do álcool na saúde, o processo de fazer a cerveja, a criação da empresa, o panfleto e o slogan de publicidade que foi realizado na disciplina de CLC.

A exposição foi um sucesso, toda a gente perguntava sobre a bebida e queria provar a nossa cerveja. Podemos dizer que a publicidade boca a boca aqui funcionou muito bem.

Na sala de exposição estava também a turma de Electrotecnia que aproveitando a ideia, fez uma máquina de engarrafar a cerveja que nos deixou bastante admirados.  


Após visitar as salas expostas, fomos para o parque exterior onde realizámos um grande convívio para todos os alunos e professores oferecido pela turma de Contabilidade, com chouriça assada, presunto, pão, batatas fritas, amendoins e claro a CERVEJA EFALAIO que penso eu, foi do agrado de toda gente.

Em suma foi uma actividade que nos enriqueceu bastante permitindo-nos aumentar os nossos conhecimentos e que se revelou um grande sucesso.
Reflexão


Inglês



No segundo e último ano de aulas de Inglês, estudei vários temas e áreas de bastante interesse para uso pessoal e profissional. É, sem duvida, uma das línguas mais importantes que todos (muito ou pouco) deveríamos falar.

Estudei como fazer a minha apresentação pessoal, a minha descrição e a descrever os outros, os números, as horas, os dias, os meses e as estações do ano, como falar com outras pessoas, desde cumprimentar, a pedir algo, a conviver, etc.

Fiz a tradução de um texto de inglês para português, onde fiquei a conhecer mais a tradição do Halloween nos Estados Unidos da América, o que significa, como surgiu, as actividades ligadas à data e como se celebra pelo mundo fora.

Estudei os termos em inglês sobre a família e amigos onde elaborei a minha árvore genealógica, escrevi um texto sobre a minha família e sobre a minha rotina diária.

Um trabalho que me agradou foi ouvir a música de natal “All I Want For Christmas is You” de Mariah Carey onde tive que preencher os espaços em branco com as palavras que faltavam e aprendi em inglês palavras associadas à época.

Realizei um manual de instruções de como fazer cerveja para a “Mostra 2011” que me deu muito trabalho a fazer mas foi bastante interessante e estimulante.

A nível de temas gramaticais estudámos várias preposições e verbos.

Quanto à Formadora considero que explica bem e esteve sempre presente e disponível para ajudar, isto para que por parte dos formandos não ficassem dúvidas quanto ao que explicava e também relativamente às actividades solicitadas.

Para finalizar tenho que dizer que gostei das aulas de inglês e tenho pena que já tenha terminado a disciplina pois é uma língua que ainda tem muito para nos ensinar.   

quarta-feira, 4 de maio de 2011


 
Instruction manual

How to make craft beer

Introduction

Many documents prove that Man began to brew beer from grain, in Sumeria, around 5,000 years ago.
During classical times beer lost its importance to wine- Even thought it continued to be greatly appreciated by the Greeks, the Romans considered it a drink for the barbarians.
In the Middle Ages, after the fall of Roman Empire, the monks kept up beer production. It was from this point on that the hops became part of making beer.
Since then, beer production has become an important economic activity. Some German brands date back to this period.
In modern times, beer became the drink of the European peoples and Germany proved to be the largest producer and exporter. It was then that the Portuguese and Spaniards took beer to the New World.
In contemporary ages, thanks to the advances in technology, beer began to be produced industrially.

Advces in the field of chemistry and the invention of the microscope were also crucial to the understanding of cellular processes and, therefore, for great advances in the brewing industry.
         Today beer is a democratic drink, highly appreciated all over the world.
 Regarthless of being a very important part of our history, our culture and tradition, beer is an alcoholic drink. For that reason, you should never forget that it may have a negative effect, when drunk excessively.
Necessary equipment:
Mill 

Pot

Fermentation and filtering tanks

Laboratory equipment

Bottling Machine

Necessary ingredients to produce 20 liters
Malts:
Pilsner malt – 4,5kg
Crystal malt – 0,280 kg
Munich malt – 0,870 kg
Water

Hops :

Saaz – 0,076 Kg   (76gr)    Bitterness

Saaz – 0,022 Kg   (22gr)    Flavor
Saaz – 0,022 Kg   (22gr)    Aroma

Yeast:
-Brewferm Lager or
-Wyeast 2278 Czech Pilsner lager Yeast

Instructions to brew beer from grain:

A  classic beer has a golden  color and  floral flavors
from the  true Saaz hops, it is well balanced between
the hop`s bitterness and the aroma of the barley.

For an amount of 20 liters:
The initial density should be: 1,050 – 1,053
The final density should be: 1,011 – 1,013
Probable alcohol: 5% Vol

1. Grind all malts;
2. Mash (making the mixture) for 90 minutes, at a temperature between 65 to 70 degrees;

3. Initiate the boiling process and add the hops in order of quantity, firstly the bitterness, 75 minutes later the flavor and lastly the aroma, when there are 3 minutes left before reaching the end of the boiling time, which should be of 90 minutes;
4. Cool the wort down, with the coil or through other proceedings, to more or less 18 to 20 degrees;
5. Air the liquid solution with a fish tank engine;
6. Add the yeast;
7. Let it ferment for about two weeks;
8. Bottle the beer;
9. Put the bottles in the refrigerator for 20 days;
 10. Your beer is now ready to drink.

Don`t forget: moderation is the rule!




 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Julio Le Parc
Escultura “Ascensão”, para o Museu Internacional de Escultura de Santo Tirso
 IV Simpósio de Escultura de 1997.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As aprendizagens ao Longo da Minha Vida

                  INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de C. L. C., foi-me proposto fazer um trabalho sobre as aprendizagens não formais e informais que adquiri ao longo da minha vida.
Para tal, elaborei este trabalho, com o qual pretendo atingir os objectivos pedidos.

AS MINHAS APRENDIZAGENS

Aprendizagem não formal:

Como aprendizagem não formal adquiri experiência através do ensino católico na catequese, na vida militar onde aprendi como lidar com armas mas sobretudo a crescer como pessoa.
Trabalho desde os 14 anos, comecei por trabalhar num super-mercado durante um ano, trabalhei durante 19 anos numa empresa têxtil onde aprendi a fazer várias tarefas (desde fazer cargas em camiões TIR como auxiliar de expedição a escolher, medir, pesar uma peça de felpo para saber a sua gramagem e enviar para o cliente como assistente de chefe de secção de amostras) mas infelizmente a empresa abriu falência, trabalhei durante seis meses num hipermercado onde aprendi que cada corredor tem um nome, por exemplo onde estão as bolachas é o corredor dos frescos (tem tudo a ver) e neste momento trabalho na área da metalúrgica automóvel onde fabrico peças metálicas numa máquina de soldadura.
Trabalho numa área completamente oposta ao que sempre trabalhei mas é como diz o ditado “ A necessidade aguça o engenho”.
            Trabalho também numa superfície comercial (café) que é dos meus pais onde ajudo principalmente ao fim de semana. 


Aprendizagem informal:

         A aprendizagem informal acompanha de forma natural a vida das pessoas e acontece nas actividades que nos surgem no dia-a-dia e ao longo da vida.
         Aprendi a resolver os problemas que me foram aparecendo, a melhorar a forma de executar as tarefas que me eram atribuídas nos trabalhos por onde passei.
        Aprendi a andar de motociclo sem saber andar de bicicleta, ajudava nas tarefas de casa, partilhava e participava nas brincadeiras com os meus amigos, ajudava nas actividades sociais da minha aldeia (festas, cortejos, peditórios). Partilhei e partilho a minha experiência, conhecimento e formação profissional com os colegas com quem trabalho, tentando sempre descobrir novas formas de fazer os trabalhos com mais qualidade e segurança.
 Todos os dias se aprende ao ler os jornais e revistas, a conversar com outras pessoas, a navegar na internet, a ver televisão a ouvir rádio mas a maior aprendizagem informal que posso receber é dentro do seio familiar pois a família é o principal pilar do começo, desenvolvimento e fim de toda a minha formação. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Os antecedentes da Revolução do dia 25 de Abril de 1974

Desde as lutas liberais na primeira metade do século XIX que o país vive divisões e conflitos internos.

Ainda assim foi um período de progresso sobretudo na segunda parte do século XIX, contudo a tensão foi enorme nas últimas décadas da monarquia e que se acentuara após a república. Sucessivos governos caíram e inflações descontroladas. É neste cenário de instabilidade que na sequência dum golpe militar (de generais a 28/05/1926) que se inicia o “Estado Novo” e que viria a terminar também através dum golpe militar (mas de capitães a 25/04/1974).

António Oliveira Salazar que no início era ministro das finanças e consegue controlar a inflação passando assim a presidente do conselho quando se da uma remodelação do governo em 1933 começando assim a designação “Estado Novo”.
 De inspiração fascista (como em alguns países da Europa, na época), regime fortemente centralizado pelo governo/estado e ditatorial. Conseguiu impor finalmente uma acalmia e uma ordem social no país, contando para isso com uma polícia específica para o efeito. Primeiramente PVDE (Policia de Vigilância e de Defesa do Estado), mais tarde alteraram o nome para PIDE (Policia Internacional e de Defesa do Estado) e por fim DGS (Direcção Geral de Segurança) já com Marcello Caetano na presidência do conselho de ministros em 1968, uma vez que António Oliveira Salazar abandonou o poder por incapacidade sobretudo física provocada por uma queda que também lhe deixou lesões a nível cerebral.

Após a 2ª guerra mundial o mundo transforma-se enquanto Portugal mantinha-se estático e inabalável como se o tempo tivesse parado. As potências coloniais começavam a desfazer os seus impérios enquanto Portugal mantinha o seu império através da força de defesa militar, que teve início em 1961 na Guiné-Bissau e que depressa se estendeu a Angola e Moçambique. Já nesse ano de Portugal tinha perdido as praças de Goa, Damão e Dio para a União Indiana. A guerra em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau aumentava, os anos sucediam-se e a guerra sem fim à vista cansava o sector militar que já mostrava algum cansaço. Na Guiné-Bissau a situação era já tão descontrolada que na reunião da ONU de 25/9/73, 47 países reconheceram a Guiné-Bissau como independente. A sociedade civil também descontente em que as famílias Portuguesas viam os seus filhos partirem para uma guerra longe com um tempo de serviço militar obrigatório quase sempre superior a três anos. A fadiga e o descontentamento militar levaram os militares a fazerem reuniões secretas que começaram em Agosto e Setembro de 1973 e que se prolongaram pelo início de 1974. 

Em Fevereiro de 1973 é publicado o livro “Portugal e o futuro” do General António de Spínola, um ano depois Marcello Caetano em visita a Londres é recebido em ambiente hostil e de contestação devido à situação colonial.
Começa então uma organização de reuniões secretas onde surge a ideia de fazer o golpe militar no 1 de Maio aproveitando as habituais escaramuças do dia do trabalhador para assim o golpe apanhar o regime desprevenido. Daí o golpe de 16 de Abril de 1974 do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha (cerca de 200 homens entre praças, sargentos e oficiais), que mal planeado, a 3 quilómetros de Lisboa souberam que estavam sozinhos e voltaram para trás, vindo a ser detidos, 11 ficaram detidos na Trafaria, Ficou no pensamento dos militares amigos dos detidos irem salva-los mas sem serem presos. A PIDE acreditou no embuste dos revoltosos irem tentar o golpe só no dia 1 de Maio, desenvolvendo os meios e estando em alerta para esse dia especifico e sobretudo tendo uma lista de captura de oficiais entre eles Otelo para o dia 27 de Abril.
Daí o golpe de estado a 25 de Abril ter-se dado pela questão militar do Ultramar e não pela razão do regime ser uma ditadura antidemocrática e contra a liberdade de expressão, já que politicamente os opositores ao regime estavam exilados ou presos e não tinham qualquer poder ou forma de fazer face ao regime pela força. A sua força era a cultura de outros ideais que irritavam o governo fascista que queria manter a situação imutável e o povo na ignorância.


O 25 de Abril de 1974

Otelo Saraiva de Carvalho por volta das 22 horas do dia 24 de Abril de 1974 fardado chega ao Regimento de Engenharia e ali o major acompanhado de outros oficiais (os tenentes-coronéis Garcia dos Santos e Lopes Pires, o comandante Victor Crespo, os majores Sanches Osório e José Maria Azevedo, o capitão Luís de Macedo…) instalam o posto de comando num pequeno anexo com as janelas tapadas por alguns cobertores, sobre a mesa uns papéis manuscritos e um mapa de estradas que fazia de carta operacional com os esboços das movimentações, sendo a base do “plano geral das operações” dividia-se em duas zonas - Zona Norte e Zona Sul.
Do Posto de Comando com o nome de código “Óscar” dão o conhecimento da situação e as instruções às unidades militares de todo o país envolvidas nas operações. O primeiro sinal como combinado seria dado pelo então posto “Emissores Associados de Lisboa”. João Paulo Dinis era locutor e fizera a tropa em Bissau sob as ordens de Otelo, daí a escolha de Otelo. E cabe a Dinis dar voz e escolher a canção “E Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho. A segunda senha é dada na “Rádio Renascença”. Otelo fazia ponto de honra que fosse uma canção do Zeca Afonso e estava indeciso entre “Venham Mais Cinco” e “Trás Outro Amigo Também” mas, logo os seus camaradas fizeram notar que seriam canções muito óbvias e que iriam suscitar desconfiança. Foi então que o jornalista Carlos Albino sugeriu “Grândola Vila Morena” e é esta que acaba no ar no programa “Limite” de Paulo Coelho e Leite de Vasconcelos.

Por volta das 00.20h grande parte das forças envolvidas põem-se em movimento. O Quartel-General da Região Militar de Lisboa é o centro nevrálgico das “Forças do Regime”, o edifício é tomado pelo Batalhão de Caçadores 5 com o código “Canadá”, a mesma unidade também se encarrega de proteger a residência do General António de Spínola, importante é também o aeroporto da Portela, operação com o código “Nova Iorque” que fica encarregue à Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra que às portas de Lisboa a coluna militar perde-se nas ruas e becos escuros de Camarate. Junto ao aeroporto o capitão Costa Martins esperava a coluna da EPI e desesperava e decide neutralizar sozinho de pistola em punho a guarda do aeroporto e entrou mesmo na torre de controlo fazendo “bluff” durante mais duma hora dizendo que o aeroporto estava cercado e para se interditar o espaço aéreo português imediatamente. A EPI chega e toma de imediato conta do aeroporto e ainda neutraliza o Regimento de Artilharia Ligeira 1 em Lisboa junto ao aeroporto. A Escola Prática de Transmissões fazia as escutas telefónicas militares das forças do regime que depois transmitia ao Posto de Comando. O Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz vem a Lisboa com a missão de controlar a Ponte Sobre o Tejo, tomando posições do lado sul do Tejo (Pragal). Enquanto nas colinas adjacentes à ponte de ambos os lados a Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas toma posições apontando baterias junto ao Cristo Rei, para o Terreiro do Paço e Monsanto. A mesma unidade chega à Trafaria e liberta os militares que tentaram a 16 de Março o “golpe das Caldas da Rainha” e que se encontravam presos na Casa de Reclusão da Trafaria. 

Os órgãos de comunicação social também eram de crucial importância controla-los, por isso coube à RTP (única emissora televisiva da época) ser tomada pela então, Escola Prática de Administração Militar, com o código “Mónaco”. A antiga Emissora Nacional, actual RDP foi tomada com meios limitados pelos capitães Oliveira Pimentel e Frederico de Morais mais 40 praças de especialidades diversas do Campo de Tiro da Serra da Carregueira. À porta da Rádio Clube Português estão homens chefiados pelo capitão Santos Coelho e pelo Major Costa Neves da Força Aérea, Costa Neves e seus camaradas forçam a entrada e é esse o posto escolhido para emissor do MFA. Mediante esta situação os ouvintes ficam a par do desenrolar dos acontecimentos. Mas a missão principal cabe ao capitão Salgueiro Maia que chama a atenção das forças fiéis ao regime através dum itinerário no sentido de dispersar as capacidades inimigas e ainda de controlar o Banco de Portugal. Outro momento muito importante dá-se às 5 horas quando o Major Silva Pais director-geral da PIDE/DGS dá conhecimento ao presidente do Conselho (função que equivale actualmente à de primeiro-ministro), Marcello Caetano dos acontecimentos, que este ainda desconhecia, referindo que a situação era grave e dando instruções para se refugiar o mais depressa possível no Comando-Geral da GNR. 


Os populares gritavam por vingança e palavras de ordem contra a ditadura e guerra colonial. Salgueiro Maia depois terá mesmo pedido calma ao povo de megafone em punho. Mesmo que o regime não caísse as coisas já não seriam mais como antes, o povo nesse dia já tinha ouvido coisas novas e ficou a saber que tipo de regime e que políticos governavam o país por isso aderiram de imediato ao Movimento das Forças Armadas, ao final da tarde chega Spínola e Caetano submete-se e entrega-lhe o poder e pede protecção, ao que por entre uma multidão eufórica se celebra a “Liberdade” com cravos vermelhos.
O cravo tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de 1974 porque com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos, entretanto alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

                Às 19.50h foi emitido um comunicado - “O Posto de Comando do MFA informa que se concretizou a queda do Governo, tendo Sua Excelência o Professor Marcello Caetano apresentado a sua rendição incondicional a sua Excelência o General António de Spínola”. Logo após é lida na RCP a “Proclamação do Movimento das Forças Armadas”. Marcello Caetano partiu no dia seguinte as 00.07h da manhã, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
A revolução, apesar de ser frequentemente qualificada como "pacífica", resultou, contudo, na morte de quatro pessoas, quando elementos da polícia política dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
Na madrugada do dia 26 de Abril apareceram na televisão as novas caras do poder, “A Junta de Salvação Nacional” como presidente, António de Spínola, que lê uma proclamação ao país: “Um Novo Regime… A Democracia… A Paz…

“Foram dias foram anos a esperar por um só dia.
Alegrias. Desenganos.
Foi o tempo que doía com seus riscos e seus danos.
Foi a noite e foi o dia na esperança de um só dia. “
Manuel Alegre

 Letra da música da Liberdade " Grandola Vila Morena "

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
 O povo é quem mais ordena
 Dentro de ti, ó cidade


Dentro de ti, ó cidade
 O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade