quinta-feira, 6 de janeiro de 2011



         A Inquisição
      e os
Os Seus Instrumentos de Tortura
A Inquisição
A Inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica: vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. A Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade  do Papa.
As novas propostas filosóficas ou científicas eram, geralmente, olhadas com desconfiança pela Inquisição que se submetia a um regime de censura prévia todas as obras a publicar, criando uma lista de livros cuja leitura era proibida aos católicos, sob pena de excomunhão.
As pessoas viviam amedrontadas e sabiam que podiam ser denunciadas a qualquer momento sem que houvesse necessariamente razão para isso. Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam a confessar-se culpados só para acabar com a tortura. No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-de-fé, e queimado em fogueiras.

Métodos de tortura



Dama de Ferro


A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro foi a 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.







O Serrote

Usado principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Com dois executores, cada um segurava uma extremidade do serrote, partiam ao meio o condenado que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo não tinha a menor possibilidade de reacção devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum a vítima perder a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.

                                                                 
Empalação


Este método foi maioritariamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima com golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser sentada sobre a estaca ou com a cabeça para baixo de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e com o peso do próprio corpo fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia prolongava-se durante horas.



Cremação

Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição, os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados a um tronco e queimados vivos. Para garantir que se morria queimado e não intoxicado pelo fumo a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.






A  extinção da inquisição

A Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 acontece a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais. Porém, para alguns estudiosos, a essência da Inquisição original permaneceu na Igreja Católica através de uma nova congregação: A Congregação para a Doutrina da Fé.
O Papa João Paulo II pediu perdão pelos abusos dos filhos da Igreja e não pelos erros da Igreja, como muitas vezes se ouve dizer, que porventura tivessem sido algumas vezes cometidos durante os julgamentos da Inquisição. Reconheceu também que é difícil ao homem moderno entender os motivos que levaram a Inquisição a ser necessária para a sua época mas, nada justifica a tortura e morte de pessoas que pensem diferente de nós. Esse erro da Igreja Católica deve servir para que outros não venham a acontecer.

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